
No passado dia 13 de março, o Clube Solidário/Voluntário da Escola Básica e Secundária Amélia Rey Colaço, coordenado pela professora de Filosofia, Lourdes Oliveira, acolheu a visita de Margarida Vera, responsável de zona da Associação Amigos Improváveis.
Durante a sessão, Margarida partilhou com os alunos o seu papel enquanto voluntária e responsável local da Associação, promovendo uma reflexão profunda sobre a solidão dos idosos e a urgência de criar laços intergeracionais. Explicou, ainda, o funcionamento da Associação e apresentou uma proposta de colaboração com o Clube, sublinhando que só com o envolvimento de mais voluntários será possível apoiar um maior número de idosos. Informou-nos que quem quisesse ser voluntário, teria de participar numa formação, a agendar posteriormente.
O Clube Solidário, que se reúne às segundas-feiras (14h40–15h50) e às quintas-feiras (14h20–16h00), acolheu com entusiasmo esta iniciativa.
Um número significativo de alunos do 10.º ano tem procurado, no Clube, apoio e esclarecimento de dúvidas em várias disciplinas, contando com a ajuda de colegas voluntários disponíveis, que têm realizado um trabalho verdadeiramente digno e solidário. Como o Clube ainda é recente, têm também surgido, em paralelo, debates e propostas para a criação de novos projetos que aprofundem o espírito solidário e promovam a empatia e a valorização da dignidade humana — pilares fundamentais deste espaço em crescimento.
Foi nesse alinhamento de abertura a outros projetos que, no dia 11 de abril, das 17h15 às 18h30, cinco alunas do 10.º B e uma aluna do 10.º A, colaboradoras regulares do Clube, mostraram-se disponíveis e participaram numa formação online via Zoom, dinamizada por Inês Alegria, membro da direção da Associação Amigos Improváveis. Durante esta formação, foram abordados temas cruciais como: o que significa ser voluntário na Associação, os deveres e direitos dos voluntários, o tipo de comunicação a desenvolver com o idoso, os comportamentos adequados, a forma de relação a estabelecer com os idosos e a dinâmica das visitas — que devem ser realizadas por dois ou mais voluntários, preferencialmente com uma frequência de uma vez por semana.
Num tempo em que o número de idosos cresce de forma significativa, torna-se premente restabelecer laços entre gerações. A formação de jovens capazes de criar relações verdadeiras, respeitosas e afetivas com os mais velhos é um investimento humano que enriquece toda a sociedade.
Este projeto pode ser o ponto de partida para estreitar a ligação entre a escola e a comunidade idosa, promovendo a escuta, o respeito e a construção de relações significativas. Porque ir ao encontro dos idosos é, também, reconhecer o valor da experiência, da memória e do afeto que ainda nos têm para oferecer.
Fonte: Professora Lourdes Oliveira



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