Por iniciativa de alguns alunos do 7º ano da nossa Escola Básica e Secundária Amélia Rey Colaço, o Jornal escolar “O Catarino” está a apoiar o lançamento de uma componente audiovisual integrada no nosso Projeto mais vasto.
Trata-se de uma espécie de plataforma digital multidisciplinar, a qual passa pelo website www.ocatarino.com em permanente atualização, pelas redes sociais Facebook e Instagram, pela divulgação de notícias em formato papel afixadas no Átrio da Escola, pelo envio de uma newsletter mensal para a comunidade educativa e, também, pela vertente áudio patente no Spotify através do Podcast “In English” @Catarino Radio.
Acreditamos que estes projetos audiovisuais - como aquele que estamos, desde ontem, a apoiar - desempenham um papel cada vez mais relevante no ambiente educativo, especialmente em escolas que pretendem preparar os alunos para os desafios do século XXI. Quando estas iniciativas são concebidas e realizadas pelos próprios alunos, tornam-se, na nossa opinião, ainda mais significativas, pois promovem a autonomia, a criatividade e o sentido de responsabilidade.
Uma das grandes vantagens dos projetos audiovisuais é a sua capacidade de integrar diversas áreas de conhecimento. Ao planear e executar um projeto audiovisual, os nossos alunos desenvolvem competências em escrita (roteiros), tecnologia (edição de vídeo e som), artes (direção e estética visual) e comunicação (apresentação e trabalho em grupo). Estas iniciativas permitem, assim, uma abordagem interdisciplinar que liga conteúdos curriculares de uma forma muito prática e envolvente.
Para além disso, criar projetos audiovisuais ajuda, no nosso entender, a fortalecer habilidades essenciais para o futuro, como o pensamento crítico, a resolução de problemas e a colaboração. Os alunos aprendem a lidar com desafios, a trabalhar em equipa e a administrar recursos e prazos, habilidades que serão valiosas em qualquer carreira profissional que venham a abraçar.
Cremos que outro ponto importante é o impacto positivo que estes projetos têm na autoestima e no sentido de identidade dos alunos. Ver uma ideia transformada em algo concreto, como uma entrevista ou mesmo um breve documentário, proporciona um sentimento de realização e incentiva, assim, a criatividade. Quando os temas abordados refletem questões relevantes para os jovens, como inclusão, a sua Escola, sustentabilidade ou cultura local, os projetos ajudam, igualmente, a fomentar o pensamento social e a cidadania ativa.
Acrescentamos, ainda, que o audiovisual é uma linguagem universal e contemporânea. Por conseguinte, ensinar os jovens a dominá-la, especialmente num contexto onde eles mesmos são os criadores, prepara-os para um mundo cada vez mais visual e digital. Em Portugal, iniciativas deste género podem, também, valorizar a cultura e os talentos locais, criando, certamente, um sentido de pertença e de contribuição para a comunidade.
Em jeito de conclusão, acreditamos que os projetos audiovisuais nas escolas portuguesas, especialmente aqueles conduzidos pelos próprios alunos, não são apenas uma ferramenta educativa; são uma forma de preparar as próximas gerações para um futuro mais criativo, colaborativo e consciente. É essencial que escolas e educadores incentivem estas práticas, disponibilizando os recursos e os apoios necessários para que os alunos possam explorar todo o seu potencial.
A equipa do Jornal escolar